O céu nublado, olhando pra cima
Errado não estou, chapado talvez
A vida passa de vez
Diante dos olhos, escolhas, sentimentos e despedidas
Pessoas feridas e cortes que nunca fecharam
Em um segundo eu toco o chão em seguida
A visão apaga, não sinto meu corpo
Será que é a partida?
Eu ouço um grito de espanto vindo da saída
Motivações e emoções distorcidas
Mais me lembro de uma pá de vacilão
Cheirando um do outro (e os playboyzin?)
Os playboyzinho que cola no baile bancado pela família
Enquanto eu tomo um enquadro na praça do centro
Com vulgo elemento sem saber qual é do evento (ó os gambé)
"Encosta nessa porra e não fala nada"
Eu sinto um soco na costela, sem tempo pra raiva
Um forte vento no rosto que fecha em desgosto
Disposto a mudar nosso posto
Já que a vida é um sopro
E eu sempre me mantive em pé
Preparado pra jogar o jogo
Ficar lado a lado com os brabo
Carregando o fardo, pagando o preço pesado
Tentando me convencer de que não estou mais errado
Enquanto subo pensando no último plano
Com uma mochila com álcool, cigarro, e um cano
Deixando um toque pra última amante
Eu sinto e não sinto
Estou pensante, estou distante, sucinto
E aperte o sinto que essa fita bate veloz
Em um pequeno momento um ataque sem voz
Um lobo feroz que anda só
Quer ver o após, a câmera vê
E eu ouço o som do último nós
A porta abre e eu caminho em direção ao fim
Abro a mochila, dou um gole, fumo um
Carrego o cano em direção ao crânio
Na beira do Último Andar
E um último suspiro
[Verso 2: Garcia]
Morto
Bichos devorando rosto
Sangue, cheiro, desgosto
Me procurou
Me encontrou
Vegetando depois que a bala atravessou
Não é um cenário bonito
Sem fotos
Minha vida
Atestado de óbito
Já vem a policia e a pericia
Suicídio
Drogas, álcool, enxerguei tudo cinza
No jornal estatística e noticia
Meus amigos dando entrevista
Um dia não existe mais e o que tem aprendido
Tem vivido totalmente sem sentido
Dizem paz mas não provaram disso
Ser humano branco, empresário te faz de subtraído
Vou roubar tua fazenda e seu carro, preparar o seu filho...
Pra não seguir teu caminho, explorador maldito...
Você vai, você foi, tu tá indo
Você sabe, você soube, tá sumindo
Se não viu, não vai saber, nem tudo ouvindo
Se tá decaindo, bem vindo (Depressão)
Cicatrizes duram pra sempre
Precisei sentir
Diretrizes e marquises que quase nem sempre
Tem final feliz, mas eu sei, e antes que eu suma
A vida ficou mais louca
O que vejo fica cinza
As flores murcharam (Se tá bem mano?)
O espelho desanima
Sobriedade é impossível (Ei)
Um brinde a todos que sonharam
E talvez partiram para um lugar incrível
Sem saída
Foda-se a vida
Nessa descida
Pega a arma e atira
Não atira não
Não atira não
Não atira não
Não atira não
credits
released June 6, 2022
Não precisa ser setembro para nos preocupar e dar atenção aos casos de suicídio, você artista ou seja lá qual for sua profissão, busque o que realmente te faça feliz e cuide-se, assim você tem menos risco de ter depressão , crises de ansiedade e vários tipos de síndromes e toques. Se você não está bem, evite fugir disso preenchendo seus problemas com você sabe o que né? Se o seu trabalho possui convênio, procure uma terapia, se não tem, procure no postinho próximo de sua casa, o SUS também funciona viu? Bom é isso...Se cuidem e reflitam sobre a música.
Danish avant-garde crew SVIN explore far-out new lands on their latest, the sound of a galaxy folding in on itself in cut time. Bandcamp New & Notable Jul 16, 2022